O CONFUCIONISMO

Por Fernando Rebouças

 

O confucionismo foi criado por Kung-Fu-Tzu, popularmente conhecido como Confúcio. O confucionismo aborda crenças e ensinamentos a respeito da moral, da política, da pedagogia e da religião. Na China, essa doutrina filosófica é referida como “Junchaio”, ou o ensinamento dos sábios.

No século I A.C, Mêncio e Xun Zi foram os seguidores do confucionismo que instauraram condições para a sua expansão, foram seguidores que inseriram a doutrina de Confúcio dentro dos aspectos naturalistas, acreditando que tais aspectos eram forças que atuavam na sociedade.

Neste paradigma, acreditava-se que os conflitos e as necessidades da vida geravam depravações, superadas somente com a educação focada na retificação da boa natureza humana. Xun Zi acreditava que havia uma natureza perversa no homem, proveniente da preservação das características animais, por outro lado, compreendia o homem ser dotado de  inteligência e capacidade de controlar seus impulsos natural, desde que houvesse valores pré-estabelecidos para limitar e orientar as ações humanas.

Considerando o império chinês, foi na dinastia Han, ocorrida entre os anos III a.C e –III d.C, que o confucionismo tornou-se numa doutrina oficial do império. Nessa época, por meio das interpretações de Donz Zhong shu, houve um novo estudo no confucionismo a respeito das teorias cosmológicas e dos cinco elementos da natureza que, nesse doutrina, compreendem em água, terra, fogo, ar e “Akasha”.

Muitos consideram o confucionismo como um sistema ético e não como uma religião, pois Confúcio gerou uma linha de pensamento para os principais fundamentos da vida para a construção de uma sociedade e de um mundo ideal, onde predominariam os principais de valores morais elevados, de cortesia, piedade filiar, benevolência, retidão, lealdade e bom caráter.

Perdurou com religião oficial até o ano de 1911, depois da proclamação da República pelo Kuomintang. As doutrinas confucionistas seguem basicamente seis palavras-chaves : Jen ( huanitarismo, cortesia, bondade e benevolência); Chunt-tzu( homem superior, virilidade); Cheng-ming (retificação dos nomes, cada cidadão cumpre uma missão); Te (poder , autoridade); Li (conduta exemplar, propriedade, reverência).

As virtudes de uma vida inteira poderiam ser desenvolvidas em família, na análise das cinco interações, o pensamento do Confúcio afirma que, entre os relacionamentos obrigatórios há a relação entre pais e filhos. Essas relações obrigatórias de família são oportunidades para o aprofundamento do amor entre indivíduos comum a um mesmo meio e interação social.

Em Anacletos de Confúcio, obra copilada pelos seus seguidores, há o pensamento da isenção do pré-julgamento entre os homens , ou seja, assim como Cristo ensinou “Não julgueis e não sereis julgados”, Confúcio afirmava que “O cavalheiro chama a atenção para as coisas boas nos outros; ele não chama a atenção para os seus defeitos”.

Apesar de elaborar ensinamentos profundos hoje utilizados em processos de aprendizado espiritual-religioso, as palavras de Confúcio expressam um maior compromisso em estabilizar o pensamento e o espírito humano para as questões éticas e políticas. Segundo Confúcio, todo o líder que busca somente a auto-realização, a posse do poder e o engrandecimento pessoal torna-se num líder limitado.

 

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