Dualidade, Unicidade e Individualidade
Por: Ryath
(Texto inspirado e intuído pelos Mestres da Luz)
Tudo o que existe tem o seu contrário, calor e frio, bem e mal, inferno e paraíso, agradável e desagradável, positivo e negativo, egoísta e altruísta, noite e dia, masculino e feminino e etc.
Tudo o que existe tem o seu contrário, e vivemos em um mundo assim, dual.
No Taoísmo a metade das coisas existentes são representadas pelo símbolo de Yin, e a outra metade pelo símbolos do Yang, sendo que tudo o que existe em Yin, é o contrário de Yang, e assim temos a dualidade de tudo.
Porém o Taoísmo tem o seu conceito de Tao, que é tudo o que existe.
No misticismo se busca a união com tudo o que existe, chamado de unificação, que é um estado de expansão da consciência, aonde a mente vai para além de si mesmo, e pode englobar a tudo o que existe, que é justamente o Tao.
O Tao, que é tudo, ele é composto de todos os contrários, mas onde tudo se une.
Em experiências místicas em meditação o ser humano se sente como parte integrada do todo, e isso é uma experiência mística de unificação.
Enquanto vivemos normalmente, vivemos no mundo dual, mas quando nos integramos a tudo, e tudo é o Tao, vemos que tudo é uma coisa só, ai então não existe a dualidade, mas sim a unicidade.
A experiência mística é uma transcendência da dualidade, para se vier a unicidade.
Estudamos no espiritualismo que tudo foi feito por Deus, e esse Ser cria tudo a partir de si mesmo, de uma porção sua, que é a sua energia, ai então tudo é o Criador da Realidade, nós e tudo o que existe, e vemos pela ciência, como em experiências místicas, que tudo tem vida, o que é muito interessante.
Deus tira um pedaço de si para criar vida, então aquele pedaço criado tem uma partícula divina, que é o que tem vida no ser.
Tudo o que existe é Deus, então chegar a unicidade é chegar a experiência que tudo é uma coisa só, que é o Criador da Realidade. Então todos somos um na verdade, mas que vivemos nossa individualidade, e vivemos o absoluto, a unificação sem perder a individualidade.
Muitas pessoas acham que chegar a unicidade é perder a individualidade, mas essas pessoas não questionam que quem consegue chegar ao Tao, vivenciar o Tao, não deixa de ter uma identidade única.
Então sim, vivemos a união com tudo sem perder a individualidade, e nunca perderemos.
O autoconhecimento é chamado por Jung, criador da Psicologia Analítica, de individuação, que é o ser humano se tornar alguém único, do qual não existe outro igual, e isso é individualidade.
Reparem na semelhança dos nomes individuação e individualidade, pois elas têm um significado em comum, que é um ser único, pois Deus não cria nada exatamente igual.
Deus cria coisas semelhantes, mas nunca idênticas em tudo.
Então a medida que vamos nos tornando cada vez seres mais únicos, vamos também avançando em um sentido a nos sentirmos integrados a tudo.
A integração não exclui a individualidade, pois ela não acaba com o indivíduo.
O progresso da alma, da consciência, ele progride segundo algumas religiões, como a budista e a hinduísta por exemplo, a nos integrarmos a tudo, ao mesmo tempo que também nos tornamos seres cada vez mais únicos, como ensina Jung.
A integração, ela ocorre dentro de nossa mente, do nosso psicológico, não dentro de um espaço físico, então continuamos sendo pessoas, pensando individualmente, por mais que pensemos no coletivo, o pensamento é feito por um ser único e individual.
Quando a pessoa atinge a iluminação ocorre uma expansão da consciência, e a pessoa começa a pensar no coletivo, não mais no individual, e tudo está ligado a tudo.
A mente a medida que progride fica mais voltada para essa ligação que tudo tem com tudo, e a pessoa sente essa realidade, que tudo é Um, que é Deus. Mas se a pessoa pensa isso, ela pensa de forma individual, não existindo alguém que pense as mesmas coisas de forma exatamente no mesmo tempo e de forma idêntica, então preservamos a individualidade.
São esses detalhes que mostram que sempre o Nirvana ou um nível superior de avanço, a personalidade e a pessoa continuam existindo, mas ela fica voltada para o absoluto, mas se existe algo que se volta para isso, isso quer dizer que é um invidio de o faz individualmente.
Não vamos nos perder ou dissolver no todo, mas sim vamos continuar existindo com a vida que temos, apenas nos sentindo plenos e unificados.
Por existir alguém que vivencia, isso é a prova da individualidade.
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