O Apego e a Posse sobre Outro Ser Vivo ou Algo Material

Por: Ryath (Inspirado por Marcelinho)

O Budismo nos ensina brilhantemente que o apego é nós adotarmos coisas, ou até mesmo seres vivos como um cachorro, um gato ou uma pessoa como sendo uma extensão de nós mesmos.
Isso fica mais claro quando chamamos as coisas ou seres vivos de meu, como meu cachorro, meu carro, minha casa.
Observe que na palavra meu, existe a palavra eu, e isso não é por acaso.
O que acontece é que quando perdemos as coisas que enxergamos como nossas, ou como uma extensão nossa, coisa que fazemos sem perceber, ou seja, que é inconsciente.
Apego é uma forma de possessão, de possuir as coisas, mas não usamos esse termo.
Não somos donos dos outros, e isso é muito importante termos em mente.
Durante o período da escravidão, os escravos não eram donos nem de si mesmos, os outros se colocavam como donos deles e não se importavam com seus sentimentos, sofrimentos, sonhos e felicidade, mas exploravam, abusavam e causam sofrimentos a eles, tanto físicos como emocionais.
Saindo um pouco do assunto, mas é importante falar nisso, pois um método para se atingir o Nirvana, acontecia na escravidão, pois os escravos não eram donos apenas de uma coisa, como se sentiam por dentro, então se apegavam com todas as forças ao seu emocional e então com o passar do tempo fazendo isso, atingiram a iluminação.
É um método diferente do Budismo, mas que é muito eficaz, e podemos utiliza-lo.
O nosso emocional não é algo que podemos perder, isso no sentido que sempre teremos sentimentos, o que pode mudar é por quem senti-los em nossa vida, mas, então, podemos nos apegar ao nosso emocional, e isso é uma técnica muito boa de espiritualização, e que vai melhorara a nossa vida.
Podemos nos apegar ao que não vai embora, pois assim não existe sofrimento com a perda.
O nosso emocional é o que nos deixa bem, sentindo coisas boas, e na iluminação, no Nirvana, temos sentimentos positivos e muito, muito, muito agradáveis o tempo todo.
Seja pelo Nobre Caminho Óctuplo do Budismo, ou pelo apego ao emocional, ou pela Lei de Atração, podemos sim atingir o Nirvana, que é uma coisa maravilhosa que acontece com a gente.
Desapego não é do amor, pois o amor em si não é posse sobre o outro, e as pessoas confundem muito isso, pois são sentimentos comuns no relacionamento romântico, tanto um como outro, algumas pessoas só tem posse, outras só amor, mas outras, e tem os dois, porem em quantidades diferentes.
Não é jamais para nos desapegarmos do amor, que inclui o desejo de ficar perto de quem amamos, de beijar, de abraçar, de ser carinhoso, nada disso é apego.
Apego é se sentir dono, sentir que possui o outro.
Amor é desejar o bem do outro, é fazer as coisas para o outro e até mesmo se sacrificar por ele, assim como também podemos amar a nós mesmos, e isso é muito importante, pois o amor nunca é uma coisa do ego, mas sim do coração. 
É como ensina um grande amigo, pai e mestre, que o ego não é nada comparado ao coração.
E é do coração que vem a sabedoria, ou seja, a consciência e o amor, não da mente, por incrível que possa parecer isso, mas a mente tenta nos enganar a todo momento, e o coração não.
Um grande trabalho espiritual é aprendermos a escutar e agir com o coração, mas não com a mente.
A mente, mente continuamente, mas só o coração sabe o que é verdade, assim como ensina esse grande pai, amigo, mestre e um ser do Plano Espiritual.
É bom não nos sentirmos donos dos outros, mas sim amar, amar e amar.
Se só amarmos e não nos sentirmos donos do outro, quando ele parte não sofremos.
Quando amamos nos importamos com o outro, e sabendo que a vida continua, mesmo fora da dimensão física em que vivemos, então não existe motivo para sofrimento.
O problema é que sentir posse pelo outro é uma coisa normal, e por incrível que possa parecer, um iluminado pode sim ter apego a uma ou mais pessoas, pois ele não é perfeito, e o autoconhecimento continua mesmo após a iluminação. Então todos temos o que aprender, o que acontece é que o aprendizado de um iluminado, um Buda, é muito maior do que quem não atingiu o Nirvana, mas ele também tem coisas inconscientes, defeitos, problemas e dificuldades interiores, a diferença é que ele tem uma capacidade muito maior de ser feliz.
O outro não é uma extensão nossa, mas nós podemos amá-lo e muito, e o amor sempre é uma coisa boa, uma coisa que deixa a vida maravilhosa.
Perder um amor é perder uma felicidade, quando o outro falece ou o relacionamento não dá certo, e quando isso acontece não tem muito o que fazer, então nessas situações é deixar o outro partir, na grande maioria dos casos.
O importante é fazermos o bem, não fazermos o mal em uma relação, como usar o outro ou ser infiel, para assim ganharmos merecimento de termos amor em nossa vida, e isso é muito bom e uma felicidade.
Podemos amar muito atingindo o Nirvana, e podemos amar muito também nos relacionamentos com as pessoas.
O Nirvana é algo constante, vai sempre estar conosco quando o atingirmos, e assim tudo fica mais fácil quando acontece isso, tudo fica melhor.
Então aconselho a buscarmos um amor, e também buscarmos o Nirvana, pois a felicidade é a melhor coisa do mundo.
Fiquem com luz
Seres de luz
Do seu amiguinho, Erezinho, o Marcelinho

 

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