A Noção do Eu para o Zen Budismo

Por: Ryath

(Texto inspirado e intuído pelos Mestres da Luz)

Para o Budismo o Eu é uma fantasia da mente, mas uma fantasia extremamente necessária, e que sempre existirá conosco, pois ela lida com o mundo externo, e precisamos dela por esse motivo, inclusive para ajudar os outros em vários sentidos, e também para cumprir a meta budista, que é ajudar os outros a atingirem suas iluminações.

Nosso nome e nossa identidade também são uma fantasia da mente, e tem relação com a idéia de Eu, e são coisas que recebemos desde que éramos crianças, e tudo isso foi criado por nós e pelos outros.

Nós recebemos várias informações sobre você que os outros nos passam, como você é médico, você é um professor, você é brasileiro, você é mineiro e precisamos dessas referencias para atuar no mundo, faz parte da vida e é algo que precisamos.

Justamente por isso não devemos nos desprender da idéia de Eu, mas sim entendermos que ela é uma ilusão, e isso faz parte da idéia de Vacuidade.

Nossa identidade é apenas uma roupa que usamos para transitar no mundo, ensina o Monge Zen Budista Genshô.

O Eu apesar de ser ilusório é para ser cuidado e bem tratado, pois caso contrario adquirimos karma, e precisamos nos amar.

Esses dias vi uma frase que ajuda muito nesse sentido, que é assim: “Amar a todos inclui amar a si mesmo”.

Nós fazemos parte de tudo o que existe, e somos parte de tudo como ensina a mística Zen.

Nós não existimos separados de tudo, existe a interdependência e a interconexão, ou seja, dependemos de tudo e estamos conectados a tudo, isso faz parte do que somos de verdade.

Para o Budismo assim como para a Psicologia, o ego é uma ilusão, mas que não deve ser destruído, pois precisamos dele para transitarmos no mundo, inclusive para ajudarmos os outros.

É importante sim nos depreendermos de elementos do ego como o orgulho, a ira, a vaidade e etc. mas essa parte de lidarmos com o que é externo, com o mundo, não.

Precisamos do ego inclusive para ajudarmos os outros e passarmos ensinamentos, como fazia o Buda.

Namastê

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