O Aqui e Agora, a Iluminação e o Eu – Zen Budismo

Por: Ryath

(Texto inspirado e intuído pelos Mestres da Luz)

A imagem que temos sobre nós mesmos é construída a partir do que enxergamos em nosso interior, mas isso aconteceu em outro tempo, não no aqui e agora, então a memória nos dá informação de quem somos ou fomos.

Quando você pratica a meditação, está vivendo o aqui e a agora deixando de lado o passado e o futuro.

Se você estiver concentrado no agora fazendo apenas a atividade sem pensar em outra coisa, sem recorrer a lembranças, distrações e pensamentos é porque está vivenciando o momento presente, é uma forma de meditação móvel.

No treinamento Zen as pessoas treinar vivenciar o agora enquanto comem ou andam, assim treinam a ficar em meditação fazendo os afazeres do dia, e é claro que meditação libera endorfina e traz prazer, então a vivencia fica muito boa.

O treinamento budista serve para vivenciar o momento presente por quanto tempo for possível, e a meditação passa a se praticada por tanto tempo que se consegue um progresso grande no autoconhecimento.  

No voto do Bodisatva existe o compromisso de acabar com as ilusões, isso inclui a imagem irreal que temos de nós mesmos.

Nem com a iluminação se acaba com todas as ilusões, pois Buda ensinava que ele ainda tinha o que aprender, o que progredir sua consciência.

Exista quem acredite que atingindo o Nirvana nos tornamos oniscientes, ou que atingiremos isso mais para frente em etapas superiores de evolução, e existe ainda quem acredita na evolução eterna e infinita, em que nos tornamos cada vez mais felizes, sem nunca acabar, e isso é muito bom.

A meditação do Zen nos leva ao agora, a nossa realidade neste mesmo instante, não no passado ou futuro, é um fundamento do Zen o viver o presente, e é exatamente por isso que falam sobre o esquecimento do Eu.

Existem algumas considerações a fazer, pois nunca vamos perder a memória com essa prática, e nem se libertar de todas as ilusões atingindo o Nirvana, mas vamos conquistar níveis de desapego que não é total.

Vão existir momentos que vamos pensar em nós mesmos, inclusive para pensarmos em nossas experiências para ajudar os outros, e nem também não vamos deixar de ser passiveis de ilusões, mesmo atingindo o despertar.

Com a iluminação deixamos parcialmente o pensamento em nós mesmos, e também nós despertamos para muitas realidades, mais ainda somos manipuláveis e podemos nos enganar.

O Budismo usa muito uma linguagem absoluta para o que não é, o que ocorre com menos força em outras crenças.

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