O Vazio Fértil ou a Filosofia do Nada – Do Budismo para a Psicologia da Gestalt

Por: Ryath

(Texto inspirado e intuído pelos Mestres da Luz)

No Budismo e no Taoísmo existe fortemente o conceito de vazio, e o criador da Gestalt terapia, Fritz Perls, foi um praticante do Zen, e que também conheceu a religião taoista.

Um dos conceitos budistas que entrou para a Gestalt terapia é o Vazio Fértil, ou a Filosofia do Nada.

O conceito de vazio é forte nas culturas orientais, mas nós por sermos ocidentais, isso nos impede de entrarmos em contato com essa realidade do nada.

Nós ocidentais procuramos nos preencher de coisas o tempo todo, assim tentamos tampar o nosso vazio, ao invés de entrar em contato com ele.

Para a Gestalt terapia é importante que o cliente entre em contato com o seu vazio.

É importante que o Psicólogo da Gestalt entre em contato com o seu vazio, porque sem fazer isso, ele não consegue fazer o cliente entrar em contato com o vazio dele.

Muitas vezes no nosso vazio encontramos a angustia, que é parte da condição humana, e ela é necessária para o nosso crescimento.

Fritz Perls afirmava que o homem tem um centro dentro de si, e nesse local não existe dualidade, e esse local é silencioso e vazio, e nele existe toda possibilidade de existir, que é a criatividade, e por isso é chamado de vazio fértil.

Quando nossa mente está fazia, isso possibilita vários insights, que trazem o autoconhecimento e a realidade como ela é. 

O vazio existencial, não é, em hipótese alguma, um vazio de sentimentos.

O vazio de sentimentos é um termo muito usado como termo para identificarmos pessoas fúteis, que não se interessam por coisas profundas ou de seu interior, que é o oposto do que o Budismo e a Gestalt buscam, que é o crescimento interno, o aumento dos sentimentos bons, como o amor por exemplo.

É problemático confundirmos o vazio do Budismo ou da Gestalt com vazio de emoções, pois assim são as pessoas fúteis, pessoas que só pensam em si mesmas e não gostam de sentimentos bons, agradáveis.

O autoconhecimento só aumenta nossa capacidade de sentir coisas boas, assim como de nos libertar de emoções negativas.

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