O que é a Não-Ação do Taoísmo?

Por: Ryath

(Texto inspirado e intuído pelos Mestres da Luz)

 

No Capitulo 37 do Tao Te Ching, se fala do conceito de não ação, que é confundido com não fazer nada, mas não é isso, é agir naturalmente, sem preocupações e determinações exageradas, é agir espontaneamente, naturalmente.

A não-ação é agir com o coração puro e transparente.

Seguir a não-ação não é deixar de fazer qualquer coisa, mas sim fazer tudo o que temos para fazer, mas de modo puro, relaxado e equilibrado internamente.

A ação seria o fazer, a não-ação é fazer de modo natural.

É importante não confundirmos a não-ação com preguiça e moleza.

O Taoísmo propões a quietude, o estado da meditação, de mente tranqüila, por isso não podemos confundir com preguiça.

Existem exercícios e técnicas taoistas para aquietar a mente, que é normalmente muito barulhenta, enquanto que tentamos acalmá-la, deixá-la mais sutil, e é justamente nesse ponto que entramos com o conceito de não-ação, que é deixar a mente mais quieta e agirmos mais naturalmente.

A não-ação é o que permite a quietude e agirmos como devemos realmente agir, sem premeditações ou agitação.

Segundo o Taoísmo ensina que só sabemos o que devemos fazer, quando não ficamos pensando na ação que devemos tomar a todo instante.

A mente é uma consciência com pensamentos, e a consciência é uma mente sem pensamentos, assim ensina o Taoísmo.

Baseado nesse ensinamento do parágrafo de cima, quando a consciência não para de pensar, ela é mente.

“A mente, mente continuamente, só o coração sabe o que é verdade.” (frase de um iluminado).

Quando a consciência é mente, ela nos confunde e engana e cria muitos diálogos interiores.

Agora, quando a pessoa é cala, tem poucos diálogos interiores, ela tem quietude.

A agitação mental é fruto de ansiedade, problemas para dormir, agitação extrema, entre outros problemas.

Precisamos aprender a nos acalmar e ter um certo silencia mental, não completamente, mas um estado de mais calma, tranqüilidade e menos tagarelice interior, pois para fazer as atividades que precisamos ou gostamos precisamos raciocinar um pouco.

Na meditação, a mente fica a mercê da consciência, e é justamente essa a diferença entre mente e consciência.

Essa diferença é, a mente traz agitação a consciência, e a consciência traz quietude a mente, uma é inquieta, e a outra é quietude.

A quietude da consciência acalma a mente, e a agitação da mente agita a consciência.

A consciência influenciando a mente, pode usá-la para se expressar e desobrigá-la a agir dessa forma agitada, incessante.

O exercício da meditação vai acalmando a mente, vai nos ensinando a trazer quietude a vida.

O silencia interior é justamente a não-ação.

O Tao também é uma não-ação.

O Tao é o vazio que suporta todas as atividades dentro dele.

O silencio mental permite todas as coisas existirem dentro dele.

No Zen Budismo se usa uma comparação muito interessante, que é, em uma xícara de Chá cheia não sobra espaço para nada, mas uma xícara vazia cabe.

A mente é igual essa comparação Zen, na mente vazia cabe dentro dela, mas cheia de pensamentos não.

O Tao é um silencio que cabe tudo dentro, pois ele é o Tao, é tudo.

É o espaço que permite as coisas existirem.

A não-ação realiza todas as ações, pois existe espaço para elas.

A natureza do caminho taoista é a não-ação. 

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