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     PRINCIPAIS PONTOS DO BUDISMO Por: Carlos Antonio Fragoso Guimarães 
  TemporalidadeA única constante universal é a mudança. Nada do que é físico dura para sempre; tudo está em fluxo em determinado momento. Isto também se aplica a pensamentos e idéias que não deixam de ser influenciados pelo mundo físico. Isto implica que não pode haver uma autoridade suprema ou uma verdade permanente pois nossa percepção muda de acordo com os tempos e grau de desenvolvimento filosófico e moral. O que existem são níveis de compreensão mais adequados para cada tempo e lugar. Uma vez que as condições e as aspirações, bem como os paradigmas, mudam, o que parece ser toda a verdade numa época é visto como imperfeita tentativa de se aproximar de algo noutra época. Nada, nem mesmo Buda, pode tornar-se fixo. Buda é mudança. Desprendimento ![]() 
	
    
    Já que tudo o que parece exisitir de fato apenas flui, como nuvens, também é 
    verdade que tudo o que é composto também se dissolve. A pessoa deve viver no 
    mundo, utilizar-se do mundo, mas não deve se apegar ao mundo. Dever ser 
    alguém que saiba utilizar-se do instrumento sem se identificar com o 
    instrumento. Deve também ter a consciência de que seu próprio ego também se 
    transforma com o tempo. Somente o self, o Atman imortal permanece, mesmo 
    assim se desenvolvendo eternamente através das reencarnações e através dos 
    mundos. 
	
    
    O problema básico da existência é o sofrimento, que não é um atributo de 
    algo externo, mas sim numa percepção limitada que advém da adoção de uma 
    visão de mundo defeituosa adotada pelas pessoas. Como disse Jesus: "apenas 
    quem se faz como uma criança pode entrar no reino dos céus", pois as crinças 
    não se prendem ao passado nem se preocupam com um futuro. Elas vivem o 
    presente e são autênticas com o que sentem, até o dia em que a cultura as 
    fazem comer do "fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal", 
    enchendo-as de preconceitos e ansiedades que as expulsam do paraíso. Os 
    ensinamentos budistas - e de todos os grandes Mestres da humanidade - são 
    caminhos propostos para nos ajudar a transcender nosso senso comum egoísta 
    para se atingir um senso de relativa satisfação conosco e com o mundo. Se o 
    sofrimento é fruto da percepção individual, algo pode ser feito para 
    amadurecer esta percepção, através do autoconecimento: I - Dado o estado psicológico do homem comum, voltando seu desenvolvimento para o mundo externo de modo agressivo, a insatisfação que gera o sofrimento é quase inevitável. II - A insatisfação é o resultado de anseios ou desejos que não podem ser plenamente realizados, e estam atrelados à sede de poder. A maioria das pessoas é incapaz de aceitar o mundo como é porque é levada pelos vínculos com o desejo narcísico do sempre agradável e com sentimentos de aversão pelo negativo e doloroso. O anseio sempre cria uma estrutura mental instável, no qual o presente, única realidade fenomênica, nunca é satisfatório. Se os desejos não são satisfeitos, a pessoa tende a lutar para mudar o presente ou agarra-se a um tempo passado; se são satisfeitos, a pessoa tem medo da mudança, o que acarreta novas frustrações e insatisfações. Como tudo se transforma e passa, o desfrutar de uma realização tem a contrapartida de que sabemos que não será eterno. Quanto mais intenso for o desejo, mais intensa será a insatisfação ao saber que tal realização não irá durar. III - O controle dos desejos leva à extinção do sofrimento. Controlar o desejo não significa extinguir todos os desejos, mas sim não estar amarrado ou controlado por eles, nem condicionar ou acreditar que a felicidade está atrelada a satisfação de determinados desejos. OS DESEJOS SÃO NORMAIS E NECESSÁRIOS até certo ponto, pois eles têm a função primária de preservar a vida orgânica. Mas se todos os desejos e necessidades são imediatamente satisfeitas, é provável que passemos a um estado passivo e alienado de complacência. A aceitação refere-se a uma atitude calma de desfrute dos desejos realizados sem nos perturbarmos seriamente com os inevitáveis períodos de insatisfação. 
	IV 
    - Há uma forma de se eliminar o sofrimento: O Nobre Caminho Óctuplo, 
    exemplificado pelo Caminho do Meio. A maioria das pessoas busca o mais alto 
    graude de satisfação dos sentidos, e nunca se dão por satisfeitas. Outros, 
    ao contrário, percebem as limitações desta abordagem e tendem ir ao outro 
    prejudicial extremo: a mortificação. O ideal busdista é o da moderação. Ler obras espirituais nos faz evoluir espiritualmente. Leia nossos textos para sua evolução espiritual, eles são espirituais, ou uma sugestão de luz: leia um texto nosso semanalmente. Conheça o texto: Como Evoluir Espiritualmente.  | 
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