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O Zen Budismo e a Psicologia
Analítica – A Não Mente Por: Ryath (Texto inspirado e intuído pelos Mestres da Luz)
Esse é um conceito difícil de ser entendido, mas
unindo o Zen Budismo com a Psicologia Analítica fica mais fácil a
compreensão. A mente nos ilude, ludibria constantemente, a
verdade está em nosso coração. A doutrina da não mente significa chegar à
própria realidade. Na Psicologia de Jung, as pessoas que são
egoístas, vivem unicamente para si mesmos, são os tipos mentais, eles não
gostam de sentimentos positivos, e são guiados pela mente sem influencia das
emoções, excerto em alguns pouco momentos. Já os tipos sentimentais, são os opostos dos
mentais, eles gostam de emoções positivas, e justamente por isso podem ser
felizes, que é nos sentirmos bem. Os tipos sentimentos desejam o bem, buscam fazer
o que é certo e justo, já os mentais, não ligam para isso. Os tipos sentimentais, são os que podem se
interessar pelo caminho de autoconhecimento, ou seja, são os que buscam se
dissipar das ilusões. O egoísmo faz com que as pessoas tenham diversas
negativismos em suas mentes que o Budismo classifica como ilusórios, como o
orgulho, a cobiça, a vaidade, o erro, a ignorância e etc. como causas da
ilusão, e a sabedoria é o oposto dessas características. Na verdade o Budismo vai muito mais além, para
ele, assim como para Jung, o ego é uma ilusão. Se basear somente na mente sem emoções positivas,
somos conduzidos a ilusão. Não é a toa que o Budismo é uma Psicologia
também, assim tem paralelos com o grande psicólogo Jung. Tanto o Budismo como a Psicologia trazem
conhecimentos sobre o interior do ser humano. O conceito da não mente do Zen Budismo foi mais
desenvolvido pelo monge Huineng, que viveu em 638 há 713 D. C. A Doutrina da não mente significa nos voltar para
a nossa verdadeira natureza, e quando atingimos esse objetivo, essa doutrina
torna-se clara, pois a mente distorce a realidade, com julgamentos frios,
desinteressados de bem, e justamente isso nos faz perder a natureza de todas
as coisas. Os homens quando colocam sua mente nas coisas,
eles perdem a verdadeira natureza. Mas não basta ser sentimental para ver a
verdadeira natureza das coisas, temos que trabalhar o autoconhecimento para
percebermos o que é realidade de fato. Pois mesmo sendo bons temos ainda temos ego e
podemos ser enganados, na verdade até mesmo um iluminado pode, mas ele
percebe a realidade muito mais facilmente. Quando pomos a mente nas coisas, perdemos a
lucidez e a clareza, e não conseguimos ver as coisas como elas são. Os homens não costumam ver as coisas como são, e
até mesmo os iluminados se enganam, mas o contato com a verdadeira natureza
mostra a verdade em alguns pontos. Os iluminados ainda tem ego, mas são muito
desprendidos dele. Quando os budistas da linha do Zen vão meditar,
eles recebem a instrução de estar junto com todos os seres e apenas perceber
o mundo, sem fazer qualquer consideração sobre ele, e essa é uma prática da
não mente, pois o Zazen, assim como outras técnicas meditativas calam a
mente, e ao mesmo tempo desenvolvemos com ela o autoconhecimento, então
chegamos a uma verdade. A verdade com a meditação é apenas para ser
constatada, e não, de forma nenhuma, ser racionalizada, apenas deixar vir o
que é real para nossa percepção. A pratica dos Coans, por exemplo, são perguntas
feitas, não para racionalizarmos sobre elas, mas são questões que não tem
respostas, então elas nos levam a um vazio mental, e conseqüentemente a
nossa verdadeira natureza. Moge Genshô ensina que quando fazemos uma
considerações sobre alguma coisa, ele aconselha a buscarmos a resposta, não
sobre essa consideração, mas sobre quem está fazendo essa pergunta, usando
essa técnica para chegarmos a nossa verdadeira natureza. Genshô ensina que se buscarmos a resposta para
essa questão encontramos a própria Vacuidade. A própria Vacuidade é a natureza de todas as
coisas. Então Genshô nos ensina que devemos sentar com a
proposta de descobrir a nossa verdadeira natureza, e ela é a Vacuidade, não
racionalmente (é a não mente) mas através de algo profundo em nós mesmos, e
isso faz com que nós nos tornemos um com a Vacuidade. A Vacuidade é a integração, é a mística budista,
onde nos percebemos que somos um com tudo, isso significa que fazemos parte
de tudo, e tudo faz parte da gente. Essa percepção não é racional, pois a
racionalidade normalmente nos faz pensar o contrário disso, que é a ilusão. Para o Budismo a ilusão é que estamos separados
de tudo, também que não dependemos de nada, quando dependemos de tudo, pois
tudo está interligado. Não devemos racionalizar a unidade, transformando
ela em alguma coisa, algum conceito, mas apenas constatando. A mente simples é ela sem fazer grande
racionalizações, apenas apreciarmos as coisas, sem fazemos grande
conjecturas delas, apenas constatando e não racionalizando. Não nos depreendemos de todas as ilusões, mas
chegando a certas verdade melhoramos muito a nossa vida, e a constatação é a
meditação, a Vacuidade.
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