Olorum, os Orixás e o Misticismo

Por: Ryath

(Texto inspirado e intuído pelos Mestres da Luz)

 

Todas as religiões que tem elaboração, tem a crença em um Criador, um Ser Supremo, que fez tudo o que existe, e também de divindade menores que Ele.

Essas divindades também são criadores e foram criadas pelo Ser Supremo.

Esse Ser Supremo é mais conhecido como Deus no Cristianismo, mas também como Olorum na Umbanda e Gita no Hinduísmo.

É mais comum usarmos o nome Deus, pois o Cristianismo é a religião dominante hoje em dia.

Olorum é o principio de tudo.

O nome de Olorum é uma redução Olodumaré, que em yorubá, língua da Nigéria, quer dizer:

Olo significa Senhor, Odu significa destino, Maré é supremo, e juntando tudo temos o significado: Senhor Supremo do Destino.  

Já o nome Olorum significa:

Olo é senhor, Orum é céu, então juntando essas duas palavras se tem o significado de O Senhor do Céu.

Olorum é o senhor tanto do céu, quando do destino, é o criador de tudo, é quem administra tudo e conta com a ajuda dos Orixás, que Ele criou.

Os Orixás são seres que vivem dentro de Deus, e emanam suas energias para tudo o que existe, e Olurum é uma fonte inesgotável de energia.

Os Orixás estão na criação de tudo, foram os primeiros a serem criados, e são seres Magnânimos, auxiliares de Deus.

Os Orixás estão em tudo o que foi criado também.

É como o Budismo ensina, e a Umbanda confirma, já que foi criada muito após essa religião oriental, tudo é indivisível e indissociável, tudo é o uno. Essa é um conceito místico, que muitos experimentam essa realidade em experiências de meditação, outras de expansão da consciência ou com o despertar do Nirvana.

Deus é o um, está na unidade de tudo, mas nos Orixás existe a dualidade, pois são divididos em machos e fêmeas, e cada uma das sete linhas de Umbanda é formada por duas dessas divindades, existindo a linha da fé, do amor, do conhecimento, da lei, da justiça, da geração e da evolução.

Cada uma dessas linhas tem dois Orixás que as regem, um masculino e outro feminino.

Os Orixás criam com a energia de Olorum, mas também mantêm e organizam tudo com essa mesma força do Ser Supremo.  

Os Orixás masculinos e femininos tem na sua dualidade serem passivos ou ativos, e é isso que defino o seu sexo, e também a partir dessa divisão que sustentam processos coletivos ou individuais.

Os Orixás positivos sustentam processos que foram criados, trazendo a evolução espiritual no amor, na construção e no bem, e os negativos visam trazer de volta ao equilíbrio e ao bem o que foi degenerado, voltando a um caminho do bem, mas existe todo um processo para isso.

A partir do que ensinamos no parágrafo de cima, podemos dizer que o universo atua para nossa evolução.

Em Deus existe tudo, e apesar de ser o uno, ele tem a dualidade dentro dele, que só compartilha com os divinos Orixás.

Então Deus é pai e mãe, masculino e feminino, ativo e passivo.

E ele tira um pedaço de si para criar tudo o que existe, mas sem se perder em nada, pois o que ele tira, torna de volta a Ele.

Então em estados de consciência em experiência mística, os seres experimentam essa realidade, de que tudo é um, pois tudo foi criado com um pedaço que Olorum, e esse pedaço é o que tem vida em nós, que é o que existe, e como Olodumaré e infinito, e temos um pedaço dele, somos infinitos também.

Como tudo existe dentro de Deus, tudo existe dentro de nós também, mas para termos conato com isso precisamos evoluir espiritualmente, pois a medida que progredimos, ficamos mais parecidos com o Ser Supremo, mas sem nunca conseguir ser como ele, pois ele é infinito, sua criação também o é, e nós também o somos, então vamos passar a eternidade ficando mais parecido com Ele, sem nunca chegar a ser como Ele.

Deus é infinito, sua criação também e nós também, que vamos evoluir pela eternidade, cada vez sendo mais felizes, plenos e cheios de estase, aumentando tudo isso que é bom sempre, cada vez mais e mais.

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